Focalizando papéis e conflitos, o livro procura analisar os diversos
interesses em jogo na montagem do país que estava sendo forjado nas regências.

Resumo:
Toda a agitação política do governo de Dom
Pedro I culminou em sua rápida saída do governo durante os primeiros meses de
1831. Surpreendidos com a vacância deixada no poder, os deputados da Assembleia
resolveram instituir um governo provisório até que Dom Pedro II, herdeiro
legítimo do trono, completasse a sua maioridade. É nesse contexto de transição
política que observamos a presença do Período Regencial.
Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo
regencial abriu espaço para diferentes correntes políticas. Os liberais,
subdivididos entre moderados e exaltados, tinham posições políticas diversas
que iam desde a manutenção das estruturas monárquicas até a formulação de um
novo governo republicano. De outro lado, os restauradores – funcionários
públicos, militares conservadores e comerciantes portugueses – acreditavam que
a estabilidade deveria ser reavida com o retorno de Dom Pedro I.
Em meio a tantas posições políticas, a falta
de unidade entre os integrantes da política nacional em nada melhorou o quadro
político brasileiro. As mesmas divergências sobre a delegação de poderes
políticos continuaram a fazer da política nacional um sinônimo de disputas e
instabilidade. Mesmo a ação reformadora do Ato Adicional, de 1834, não foi
capaz de resolver os dilemas do período.
Umas das mais claras consequências desses
desacordos foram a série de revoltas deflagradas durante a regência. A Sabinada
na Bahia, a Balaiada no Maranhão e a Revolução Farroupilha na região Sul foram
todas manifestações criadas em consequência da desordem que marcou todo o
período regencial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário