Mapas conceituados
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Questão 1: (FESP) D. Pedro I, abdicando o trono de Imperador do Brasil em 1831, deixou seu filho, D. Pedro II, como herdeiro. Como não tinha idade legal, como estabelecia a Constituição, instalou-se um regime provisório de Regências Trinas. Essas Regências Trinas foram transformadas em Una por:
A - vontade de D. Pedro II;
B - artigo da Constituição de 1824;
C - Ato Adicional de 1834;
D - ato das Regências Trinas;
E - determinação de D. Pedro I, no ato de sua Abdicação.
Questão 2: O Período Regencial constituiu-se num dos mais agitados da História do Brasil.
Entre as revoltas ocorridas nesse período está a Sabinada, que pretendia:
A - estabelecer a República do Piratini no Rio Grande do Sul;
B - estabelecer um governo republicano liberal em Pernambuco;
C - a abdicação de D. Pedro I;
D - estabelecer uma República Provisória na Bahia durante a menoridade de
D. Pedro II;
E - conseguir a maioridade de D. Pedro II para pôr fim às regências.
Questão 3: (UFJF/MG) A respeito do processo que deu início Segundo
Reinado no Brasil Imperial, é incorreto afirmar que:
A - a antecipação da Maioridade de D. Pedro II era pelos políticos
progressistas e liberais como a melhor alternativa para preservar a unidade
territorial Império e assegurar a autoridade do governo central;
B - durante a regência de Araújo Lima, triunfou o projeto político
regressista, que foi caracterizado por uma maior centralização administrativa e
uma violenta repressão às revoltas políticas regenciais;
C - a antecipação da Maioridade era uma decisão que só poderia ser tomada
pela Assembléia Geral, formada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
vitalício, que representava os interesses gerais da nação;
D - a antecipação da Maioridade é chamada de “Golpe da Maioridade”, pois
foi uma manobra política do próprio D. Pedro II que conseguiu manipular os
políticos imperiais, já que ele não queria aguardar a idade prevista pela
Constituição;
E - o primeiro ministério,
organizado por D. Pedro II, embora formado pelos políticos liberais que promoveram
a antecipação de sua maioridade, foi demitido, poucos meses depois, ascendendo,
em seu lugar, o grupo conservador.
Questão 4: (Mackenzie) Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como:
a) uma época conturbada politicamente, embora sem
lutas separatistas que comprometessem a unidade do país.
b) um período em que as reivindicações populares,
como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política foram
amplamente atendidas.
c) uma transição para o regime republicano que se
instalou no país a partir de 1840.
d) uma fase extremamente agitada com crises e
revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe
média e camadas populares.
e) uma etapa marcada pela estabilidade política, já
que a oposição ao imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais,
facilitando as alianças na regência.
Gabarito:
1: C / 2: D / 3: D / 4: D
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Conceito
Toda a agitação política do
governo de Dom Pedro I culminou em sua rápida saída do governo durante os
primeiros meses de 1831. Surpreendidos com a vacância deixada no poder, os
deputados da Assembleia resolveram instituir um governo provisório até que Dom
Pedro II, herdeiro legítimo do trono, completasse a sua maioridade. É nesse
contexto de transição política que observamos a presença do Período Regencial.
Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo regencial abriu espaço para diferentes
correntes políticas. Os liberais, subdivididos entre moderados e exaltados,
tinham posições políticas diversas que iam desde a manutenção das estruturas
monárquicas até a formulação de um novo governo republicano. De outro lado, os
restauradores – funcionários públicos, militares conservadores e comerciantes
portugueses – acreditavam que a estabilidade deveria ser reavida com o retorno
de Dom Pedro I.
Em meio a tantas posições políticas, a falta de unidade entre os integrantes da
política nacional em nada melhorou o quadro político brasileiro. As mesmas
divergências sobre a delegação de poderes políticos continuaram a fazer da
política nacional um sinônimo de disputas e instabilidade. Mesmo a ação
reformadora do Ato Adicional, de 1834, não foi capaz de resolver os dilemas do
período.
Umas das mais claras consequências desses desacordos foram a série de revoltas
deflagradas durante a regência. A Sabinada na Bahia, a Balaiada no Maranhão e a
Revolução Farroupilha na região Sul foram todas manifestações criadas em
consequência da desordem que marcou todo o período regencial.
O Período Regencial é
uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e 1840. Quando o
imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D.
Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade. A Constituição brasileira do
período determinava, neste caso, que o país deveria ser governado por regentes,
até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).Regentes que governaram o Brasil no período:
- Regência Trina
Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de
Caravelas.
- Regência Trina
Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da Costa Carvalho, João
Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.
- Regência Una de
Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio Feijó.
- Regência Interina
de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
- Regência Una de
Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
Um período tumultuado
O Brasil passou por
uma grave crise política e diversas revoltas durante o período regencial.A crise política
deveu-se, principalmente, a disputa pelo controle do governo entre diversos
grupos políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I ao poder);
Moderados (voto só para os ricos e continuação da Monarquia) e Exaltados
(queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto para todas
as pessoas).As revoltas ocorrem
basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande parte da
população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu poder e
serem atendidas pelo governo.
Principais revoltas do período:
- Cabanagem (1835 a
1840) – motivada pelas péssimas condições de vida em que vivia a grande maioria
dos moradores da província do Grão-Pará.
- Balaiada (1838 –
1841) – ocorreu na província do Maranhão. A causa principal foi a exploração da
população mais pobre por parte dos grandes produtores rurais.
- Sabinada
(1837-1838) – ocorreu na província da Bahia. Motivada pela insatisfação de militares
e camadas médias e ricas da população com o governo regencial.
- Guerra dos Farrapos
(1835 – 1845) – ocorreu no Rio Grande do Sul. Os revoltosos (farroupilhas)
queriam mais liberdade para as províncias e reformas econômicas.
Golpe da Maioridade e fim do Período Regencial,Os políticos
brasileiros e grande parte da população acreditavam que a grave crise que o
país enfrentava era fruto, principalmente, da falta de um imperador forte e com
poderes para enfrentar a situação.Em 23 de julho
de 1840, com apoio do Partido Liberal, foi antecipada pelo Senado Federal a
maioridade de D. Pedro II (antes de completar 14 anos) e declarado o fim das
regências. Esse episódio ficou conhecido como o Golpe da Maioridade. Foi uma
forma encontrada pelos políticos brasileiros de dar poder e autoridade ao jovem
imperador para que as revoltas pudessem ser debeladas e a ordem restaurada no
Brasil.
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